ONDE EXISTE AZUL…, de Adriane Hernandez

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ONDE EXISTE AZUL…

ADRIANE HERNANDEZ

ESPAÇO FERNANDO BECK | 09 DE SETEMBRO A 21 DE OUTUBRO DE 2011

Adriane Hernandez utiliza a toalha xadrez azul na exposição Onde existe azul… como um elemento que remete a memórias pessoais. As obras fazem parte da série Impregnações com a toalha de mesa e servem a inúmeros jogos de construção e desconstrução dos significados. A artista é natural de Porto Alegre (RS), doutora em Poéticas Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e professora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

Exposição Onde existe azul, de Adriane Hernandez.
Exposição Onde existe azul, de Adriane Hernandez.
Exposição Onde existe azul, de Adriane Hernandez.
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Exposição Onde existe azul, de Adriane Hernandez.
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Exposição Onde existe azul, de Adriane Hernandez.
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APRESENTAÇÃO

Exposição Onde existe azul, de Adriane Hernandez. Exposição Onde existe azul, de Adriane Hernandez.

Trabalhadas com recurso técnicos, próprios à época em que vivemos – fotografia e tratamento digital da imagem – as fotografias de Adriane Hernandez traem a linguagem tradicional desse médium, produzem configurações pictóricas que se inscrevem em uma filiação direta da obra de Magritte e reverberam com produções contemporâneas que destabilizam percepções ordinárias das coisas e do mundo.

Podemos identificar em seu trabalho, o alinhamento com questões caras ao Surrealismo; questões que supõem desligamentos entre sujeito, imagem e representação. Também situa confluências entre as categoriais de performance do objeto, da fotografia e da pintura, mas através de enigmas visais: é sobretudo uma certa qualidade de silêncio que as evocam.

Ut poiesis pictura. A pintura vem do espírito, assim como a poesia.

Estas obras, que a artista apresenta na exposição agenciam detalhes de um mundo composto a partir de migalhas e encoberto por fragmentos. Pequenos retalhos de tecido quadriculado azul e branco, encobrem o rosto de um personagem enigmático. O mesmo tecido recobre elementos heterogêneos, tais como as peças de um quebra-cabeça e um par de sapatos, salpica na imagem de pés e de uma sombrinha transparente. Noutro quadro, pontos azuis se espalham sobre a imagem e seu suporte como se fossem flocos de neve. Miolos de pão flutuam sobre um plano azul como se fossem nuvens no céu. (O “Pão” e a “Toalha de Mesa”, signos recorrentes na iconografia da artista desde sua produção decorrente da pesquisa que desenvolveu na tese de doutorado).

Cada elemento que compõe as imagens está estrategicamente solto no espaço do quadro, colocando em suspenso qualquer relação espaço-tempo.

A justaposição entre os elementos extraídos do cotidiano doméstico, e feminino, são cuidadosamente agenciados para evocar uma inquietante estranheza.

Sim, é possível que não sejamos capazes de compreender, ou seja, de pensar e exprimir com conceitos o que a artista nos dá a ver. Não importa, porque uma das funções da arte é devolver em imagens aquilo que perdemos, ou que não conseguimos formular, da realidade.

Sandra Rey

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