TOPOGRAFIA DA ALMA
RADJI SCHUCMAN
ESPAÇO 2 | DE 12 DE MARÇO A 17 DE ABRIL DE 2015
Conjunto de quase 100 fotografias feitas com telefone celular, que reúne momentos registrados entre 2012 e 2013, no Brasil, na Europa, no Marrocos e na Turquia. Os registros atraem pela realidade cotidiana e a solidão, tanto humana quanto urbana. Radji Schucman nasceu na Índia e mora em Florianópolis.
APRESENTAÇÃO
Exposição Topografia da alma, de Radji Schucman. Com apenas um celular Radji percorre Topos planetário identificando
com o seu aguçado olhar realidades e realidades da alma humana.
Unas.
Não importa o local, a unidade do fenômeno humano é a mesma.
A pequena lente já não é o aparelhinho, mas a sua janela ótica como uma extensão de corpo que descortina a magia do flagrante de existências ampliadas pelo significado.
Sem qualquer recurso, de forma espontânea e verdadeira, seleciona adequadamente as relações das forças gráficas (luzes, sombras, linhas, cores, volumes, vazios), equilibrando-as a favor da máxima expressão desejada.
Seu conteúdo predileto rapidamente cativa o espectador.
A SOLIDÃO humana e urbana.
Rasgos de fina ironia crítica perpassa boa parte do conjunto das fotografias.
Uma ironia delicada e elegante que apenas é uma pelica da luva que aponta e critica.
Nisto a foto ganha em intensidade poética indiscutível.
A plasticidade que resulta de cada obra é notável.
Em algumas beira a forma minimal.
Fundos lineares ou presença em linhas provocam vórtices emocionais.
O flagrante já não paralisa, suspende existências além do simples existir.
A SOLIDÃO é reforçada pela presença de algum objeto relacional ao qual deflagra sutis entendimentos suspensos entre a objetividade do revelado e a subjetividade do apreciador.
Seja um cigarro, seja uma moto, seja um audífono, seja uma vitrine, seja outro/s indivíduo/s, ou mesmo os objetos em relações mais poéticas,
são âncoras do seu olhar que aponta o ancorar-se dos SOLITÁRIOS.
O indivíduo fotografado é seu ponto de vista que parte do ponto de vista de sua própria alma.
Todo o conjunto da sua obra reforça a fotografia como linguagem artística.
Não é mero registro. É uma possibilidade de provocar pensamentos e Sensações que nossa memória coletiva permite e necessita.
Necessidade de COM/TEMPL/AR!
Doraci Girrulat