A exposição abre nessa terça dia 6 de fevereiro e faz parte do Circuito “É Carnaval”.
Manifestações culturais sempre foram inspiração para vários artistas, imersos em seus processos criativos, produzem olhando seu entorno, atentos a vida cotidiana de nossa contemporaneidade. O Carnaval foi retratado por artistas brasileiros de todas regiões, a manifestação cultural que veio para o Brasil com os europeus, aqui ganhou cores, ritmos autênticos, incorporou as raízes indígenas e africanas, criando assim a maior festa de carnaval do mundo.
Nas fotografias, as imagens ganham cores e formas únicas, registrando o rosto de quem brinca e festeja, de quem busca expurgar todas as tristezas em um grito de carnaval, onde o onírico e a realidade se misturam. As colagens tornam o absurdo possível, jogam com o irreal, zombam de nossa compreensão, brincam com nosso senso de realidade. As sobreposições de imagens criam gravuras únicas, apropriando-se do que um dia foi real e hoje é composição de contrassenso.
A exposição faz parte do Circuito “É Carnaval” que perpassa por três espaços expositivos importantes do centro da capital, Galeria Municipal de Arte Pedro Paulo Vecchietti, Galeria de Arte do Mercado Público – Sala José Cipriano da Silva e na Fundação Cultural BADESC. A intenção dos curadores é criar um trajeto por esses espaços, em busca de uma interlocução com o folguedo do Carnaval, proporcionando ao público uma experiência onde possamos dialogar com os artistas que vivenciaram em suas produções esse momento de nossa cultura, um encontro que faz vibrar memórias e novos sentidos.
Dos Artistas
Cláudio Brandão (fotografia)
Doutor em Design e Sociedade pela PUC-Rio e tem uma experiência de quase 30 anos na área. Professor do Departamento de Design do Centro de Artes (Ceart) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e com um vasto currículo na Fotografia Publicitária, já expôs diversas vezes no Brasil e em duas oportunidades no exterior, na Itália e Alemanha. É Vice-líder do grupo de pesquisa Poéticas do Urbano, que trabalha com a discussão de Políticas e as Poéticas que possuem a cidade como tema e com ações que integrem a cidade. Atua na pesquisa da História Social da Fotografia. Atualmente, além de seguir seu trabalho na fotografia publicitária e lecionar, dentro de suas pesquisas Brandão tem se dedicado à produção autoral.
Diorgenes Pandini (fotografia)
Artista, fotógrafo, jornalista e também mestrando em Artes Visuais na linha de Processos Contemporâneo Artístico na UDESC, Diorgenes Pandini é formado em Comunicação Social com Habilitação na UNIVALI em Itajaí. Participa do grupo de estudos Articulações Poéticas (Udesc) e também no Núcleo de Fotografia e Arte (Nefa). Trabalhou por mais de dez anos nos principais veículos de imprensa de Santa Catarina. Em 2019 teve sua primeira exposição individual na Fundação Cultural Badesc com curadoria de Lucila Horn, com um ensaio produzido durante a cobertura da Copa do Mundo na Rússia. Atualmente, sua pesquisa busca entender em seu próprio acervo jornalístico as nuances, poéticas e potências da ressignificação e subversão do dispositivo, na construção do eu-artista.
Gelsyr Ruiz (colagens)
Nasceu em Bagé (RS) e reside em Florianópolis (SC) desde o ano de 1980. Pesquisa e experimenta diversas técnicas no campo das artes visuais (pintura, desenho, gravura, fotografia, colagem e instalações) em seu atelier no bairro Estreito, Florianópolis. Seu processo no desenvolvimento dos trabalhos, envolve um pensamento a priori que vai se aproximando afetivamente do tema para o desenvolvimento e finalização da sua proposta*. Na maioria das vezes existe uma construção resultante de um olhar sobre as relações entre o homem – natureza – meio urbano e social. *Fragmento de texto de Rodrigo Cunha
Pati Peccin (colagens)
Pati Peccin é ilustradora, artista visual e arte-educadora. Dedica-se às artes com estéticas oníricas em colagens, desenhos, gravuras e bordados. Mestre em Ilustração Artística pelo ISEC, Lisboa-PT, criou o Selo Patifaria com a ideia de publicar livros feitos à mão que se utilizam de obras literárias e visuais e também em colaboração com escritores convidados.
Como artista, foi selecionada para expor seu projeto “O Universo das Coisas Incontáveis” no Museu Histórico de Santa Catarina e na Rede de Galerias SESC-SC; e “O Paraíso das Preciosidades Perdidas” para a Mostra SESC Cariri de Culturas.
Ministra oficinas criativas de colagem em diversas instituições, como no CEART/UDESC, na Fundação Catarinense de Cultura, no SESC/SC entre outros. O projeto “Enciclopédia da Vida Privada” foi contemplado no #SCulturaemSuaCasa da Fundação Catarinense de Cultura, com a publicação de e-book, vídeo-aula e mostra de diários gráficos. Coordenou a oficina “Álbum de Família”, selecionada pelo Edital Aldir Blanc.
Joyce Mussi (fotografia)
Apaixonada pelo centro de Florianópolis, Joyce Mussi nasceu e se tornou fotógrafa aqui. Dedica-se à pesquisa fotográfica desde os anos 90, investigado a ampliação de possibilidades da imagem. Paralelamente ao trabalho voltado para o retrato e ensaios, a fotógrafa nutre a paixão pelas ruas, seus detalhes e situações cotidianas. De poucas palavras, mas, com o olhar sempre atento ao entorno, Joyce estabelece no seu trabalho uma constante busca de relacionar-se com o mundo. Suas imagens refletem seu ponto de vista, desencadeando processos de leitura em variados suportes. Com exposições no Brasil e no exterior, trabalha dentro de um espaço que compreende a fotografia para além do registro. Para ela, a fotografia não é isso ou aquilo, ela simplesmente é.
Serviço: Abertura Exposição Poética do Carnaval
Data: 06 de fevereiro – Terça feira
Horário: 19h
Local: Fundação Cultural BADESC (Rua Visconde de Ouro Preto, 216 – Centro Florianópolis/SC)
Visitação até 29 de fevereiro de 2024 – de segunda a sexta, das 13h às 19h
Entrada gratuita