Na quinta-feira, dia 6, a partir das 19h, a artista Silvana Macêdo, junto da curadora Juliana Crispe, participa de um encontro para falar sobre a exposição “9 Encontros”. A Roda de Conversa aborda o seguinte tema: “Arte, Ecologia e Saberes Ribeirinhos”, incluindo artistas, antropóloga, biólogos e historiadora.
Sobre a Roda de conversa:
Este encontro reunirá a artista visual Silvana Macêdo, a curadora Juliana Crispe, a artista visual e bióloga Fran Favero, a historiadora Prof.ª Dr.ª Luisa Tombini Wittmann, e o biólogo e Prof. Leandro Bellinaso Guimarães. A conversa percorrerá as pesquisas de cada participante, entrecruzando arte, ecologia e saberes ribeirinhos, de modo a refletirmos sobre o impacto das atividades humanas sobre a natureza na contemporaneidade, destacando a importância do conhecimento ancestral na preservação ambiental.
Participantes
Fran Favero
Artista visual, professora, pesquisadora e curadora. Mestra em Artes Visuais pelo PPGAV/UDESC e Bacharela em Artes Visuais pela UDESC, com intercâmbio para a UQAM, Montreal, Canadá. Bacharela e Licenciada em Ciências Biológicas pela UFSC, em 2009. Como artista, pesquisa as relações fronteiriças que permeiam territórios, corpos e memórias, atuando no campo dos multimeios, incluindo produções em fotografia, vídeo, publicações de artistas e instalações. Entre 2016 e 2020 fez parte do Espaço Cultural Armazém – Coletivo Elza, um espaço independente e interdisciplinar proposto por mulheres do campo da arte, cultura, saúde e infância. De 2020 a 2023, atuou como professora colaboradora do Departamento de Artes Visuais da UDESC.
Leandro Belinaso Guimarães
Morei por um tempo na casa da biologia, mas peguei gosto pelo nomadismo que a educação me permite experimentar. Multiplicidades e dissensos me atravessam o tempo todo. Quando algo se foca insistentemente à minha frente, acredito ser a hora de provocar um desvio. Vivo inundado da literatura que me arrebata, dos filmes que me afetam, das fotografias que me tocam, dos ensaios que me atordoam, das outras existências vivas que me movimentam e das banalidades cotidianas que me comovem. Aprecio o silêncio que um corpo narra. Sou capaz de passar o dia inteiro dentro de um museu de arte contemporânea ou de uma biblioteca centenária. Os rios menores me capturam mais que os mares oceânicos. Adoro a independência e a sabedoria dos felinos. Escrever é minha arte. Ler é minha obsessão. Atuo na formação docente junto às narrativas escritas e imagéticas embebidas de ficção. Oriento pesquisas que articulam educação, meio ambiente, arte e cultura, a partir de perspectivas que flertam com os estudos culturais. Estreei na escrita literária em 2021 com “Do tamanho do mundo”, publicado pela Nave. “Vai ser difícil dormir esta noite”, editado pela Mondru em 2023, é o meu segundo romance. “A expansão dos começos” (Casatrês, 2024) é um livro de não-ficção que revisita minha trajetória acadêmica.
Luisa Tombini Wittmann
Doutora em História pela Universidade Estadual de Campinas (2011). Licenciada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Santa Catarina (2000), bacharel em História pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2002) e mestre em História pela Universidade Estadual de Campinas (2005). Atualmente é professora do Curso de História e Pós-Graduação em História da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Tem experiência na área de História, atuando principalmente nos seguintes temas: História Indígena, Ensino de História, Missões Jesuíticas, Laklãnõ-Xokleng.
Lorena Galeri
Mestre em Artes Visuais (UDESC – 2021) com pesquisa sobre feminismo descolonial na arte contemporânea e tem graduação em Artes Gráficas (UFMG – 2013). Desde 2010 trabalha como fotógrafa e artista gráfica freelancer. Já participou de diversas exposições coletivas. Atualmente participa do grupo de pesquisa Articulações Poéticas (UDESC/CNPq), do Coletivo Elza (Florianópolis), do Instituto Cultural Armazém (Florianópolis) e pesquisa e publica mulheres artistas através de sua editora independente, a Editora Bemvinda.
Sobre o Livro:
O livro de artista Corpo-Floresta: jogos da memória resulta do meu encontro com a medicina da floresta, num momento em que busco mais uma vez pelo restabelecimento da minha saúde. Junto com o tratamento alopático para o Lúpus, comecei a usar as tinturas e chás das espécies que eu estava pesquisando no meu projeto artístico.
Então, além de fotografar, coletar e pintar cada uma das 9 árvores, o encontro com elas se deu também a nível intracelular. Assim o livro surge dos jogos da memória do corpo-floresta. Cada planta tem propriedades terapêuticas múltiplas, mas selecionei as correspondências entre as espécies estudadas e as partes do meu corpo que precisam de cura no momento, para compor as duplas de cartas em um jogo.
Trata-se de um livro autobiográfico, carrega também essa memória e dissemina os saberes ribeirinhos acerca dessa medicina ancestral, que é passada de boca a ouvido de uma geração a outra.
Serviço: Roda de Conversa sobre a exposição “9 Encontros”
Data: 06 de junho – quinta-feira
Horário: 19h
Local: Fundação Cultural BADESC (Rua Visconde de Ouro Preto, 216 – Centro Florianópolis/SC)
A entrada é gratuita.