A Mostra Cine Garagem 2025 apresenta quatro curtas-metragens com curadoria da cineasta Cláudia Cárdenas. A programação é dividida em duas sessões, sendo a primeira seguida de um debate e a segunda que contará com audiodescrição e interpretação em Libras.
Os filmes que serão exibidos nessa programação desejam resgatar a ancestralidade indígena numa perspectiva de enfrentamento dos restos do colonialismo em busca da reconstrução do imaginário social e político brasileiro.
1. Tape Porã Arandu, de Beatriz Fernanda das Chagas Regis;
Karaí Tupã é um centenário rezador Guarani Mbya. Ele narra a expulsão do Tekohá Araça’í, seu território ancestral, e rememora o legado de luta pela terrra e resistência cultural com seus parentes.
Ficha Técnica
Produtora: Lua Caolha Filmes e Produções
Co-Produtora: Margot Filmes
Co-Produtora: Arandu Cultural
Elenco : Karaí Tupã Macimino Mariano de Morais, Bruna Siqueira Kafej, Marcos Mariano de Morais Mbaraka Poty Mirim, Terezinha de Morais Kerexu, Maria Helena de Lima Kerexu
Direção: Beatriz Fernanda das Chagas Regis
Assistente de Direção: Ilka Goldschimidt
Roteiro e Argumento: Karaí Tupã Macimino Mariano de Morais, Beatriz Fernanda das Chagas, Regis Ilka Goldschimidt
Pesquisa e Arquivos: Beatriz Fernanda das Chagas Regis, Adiles Savoldi, Ilka Goldschmidt, Kmiye Tommasino, Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina, Conselho Indigenista Missionário – Regional Sul, Fundação Nacional dos Povos Indígenas – AER Chapecó
Direção de Fotografia: Zé Boita
Imagens Aéreas: Maurício Franke
Som Direto e Mixagem: Fernando Nicknich
Direção de Produção: Analu Favretto
Assistentes de Produção: Elizane Barbosa, Naiá Reis
Assistente Logístico: Daniel Matos
Montagem: Cassemiro Vitorino
Produção Executiva: Zé Boita
Finalização e Colorização: Fabiane Bardemaker
Design Gráfico: Denis Cardoso
Tradução Guarani e Português: Beatriz Fernanda das Chagas Regis, Kátia Moreira Nhedyvyju, Karaí Tupã Macimino Mariano de Morais
Audiodescrição, Libras e Legendas Português: Sansara Buriti
Colaboradores: Sila Isaías, Lindaci Silva dos Santos, Laura Isadora Barbosa, André Mathias Karay Barbosa, Edson Junior, Edson Benites, Rodrigo Benites,Maicon Mariano Morais, Serenergio Daniel, Neusa Barbosa, Alifer Andrei Barbosa, Elsa Barbosa, Luis Eufrásia, Nayara Kethlyn Barbosa, Guilherme Arthur Barbosa, Thayna Emanuele Rosa, Anne Vitória Barbosa, Matheus Barbosa, Jaqueline Isaías, Loreci Barbosa, Samara Isaías, Tamar Barbosa, Joana Mariano, Tatiane Barbosa, Matias Barbosa
Música Original: Fernando Nicknich
Gravação Musicas: Estúdio do Gere
Canções:
“Tangará” – Composição tradicional/ Autoria Coletiva. Intérpretes: Karaí Tupã Macimino Mariano de Morais, Adriano Ferreira Werá Tchunu, Basílio Ferreira Werá Mirim, Samuel Pires Kuaray, Jeciara Benites Para Mirim, Juliana Ferreira Yva Jera, Ana Benites Para.
“Mboraí” – Composição tradicional/ Autoria Coletiva. Intérpretes: Karaí Tupã Macimino Mariano de Morais, Adriano Ferreira Werá Tchunu, Edson Benites Kuaray Mirim, Eddy Yapua, Rodrigo Benites Karai Ta’taendy.
“Mborai Mim” – Composição tradicional/ Autoria Coletiva. Intérpretes: Karaí Tupã Macimino Mariano de Morais, Adriano Ferreira Werá Tchunu, Basílio Ferreira Werá Mirim, Samuel Pires Kuaray, Cacique Anesseto, Jeciara Benites Para Mirim, Juliana Ferreira Yva Jera, Ana Benites Para.
2. Wherá Tupã e o Fogo Sagrado, de Rafael Coelho;
Para o Povo Guarani Mbya, os sonhos são como se fossem portais para tudo aquilo que não vivemos no mundo físico. Eles nos permitem ver pessoas que não vemos mais nesse plano ou interagir com algo que se queria muito na vida”. Este filme retrata algumas das experiências espirituais e sensoriais do jovem líder indígena Mateus Wera, morador da Terra Indígena Jaraguá, em São Paulo. Os sonhos compartilhados são a conexão entre ele e o irmão, Karaí Poty, e entrelaçam os caminhos da vida do cacique nas lutas atuais do seu povo.
Ficha Técnica
Concebido: por Alcindo Wherá Tupã Wanderley Karaí Vydjú Rafael Coelho
Direção: Rafael Coelho
Realização: Filmes do Fogo
Produção Executiva: Rafaela Herran
Direção de Produção: Lipe Tortoro Rafael Coelho
Produção: Arantxa Pellme
Direção de Fotografia: Maria de Oliveira
Técnico de som: Ney Platt
Montagem: Rafael Coelho
Assistência de Fotografia: Lipe Tortoro
Operação de Câmera: Maria de Oliveira, Marcelina Takua Djú, Lipe Tortoro, Rafael Coelho, Arantxa Pellme, Caroline Mariga
Operação de Drone: Lipe Tortoro
Logger: Guilherme Freitas
Colorização: Maria de Oliveira
Mixagem de Som: Arthur Thiesen
Assistência de Som: Guilherme Freitas
Gravação de Foley: Ney Platt
Desenho de Som: Rafael Coelho
Assistência de Direção: Caroline Mariga
Assistência de Produção: Rita Canemba, Tainá Orsi
Confecção de Vestimenta: Dani Antunes
Catering: Tainá Orsi, Renata Abel
Acessibilidade: Filmes que Voam
Fotografia Still: Arantxa Pellme, Lipe Tortoro, Rafael Coelho, Maria de Oliveira
Arte Gráfica: Yannet Briggiler
Ilustração: Julian Brzozowski, Yannet Briggiler
ELENCO: Alcindo Wherá Tupã, Wanderley Karaí Vydjú, Sônia Takua Nhemombé, Santa Djaxuka, Marcelo França, Miriam Djaxuka Nhemboyvate Mirim
TRADUÇÃO
Guarani Wanderley Karaí Vydjú
Inglês Lipe Tortoro
Espanhol Ana María Ramo y Affonso
Francês Christine M. C. Pezin Vacaro
3. Os sonhos guiam, de Natália Tupi;
Para o Povo Guarani Mbya, os sonhos são como se fossem portais para tudo aquilo que não vivemos no mundo físico. Eles nos permitem ver pessoas que não vemos mais nesse plano ou interagir com algo que se queria muito na vida”. Este filme retrata algumas das experiências espirituais e sensoriais do jovem líder indígena Mateus Wera, morador da Terra Indígena Jaraguá, em São Paulo. Os sonhos compartilhados são a conexão entre ele e o irmão, Karaí Poty, e entrelaçam os caminhos da vida do cacique nas lutas atuais do seu povo.
Ficha Técnica
Direção: Natália Tupi
Roteiro e pesquisa: Natália Tupi e Renato Chagas
Produtor executivo: Fernando Beda
Diretor de produção: Fernando Beda
Produção: Mateus Wera
Direção de fotografia: Natália Tupi, Karen Izuno e Renato Chagas
Operação de Câmera: Karen Izuno, Renato Chagas Natália Tupi
Direção de som e som direto: Alice de Souza
Edição de som: Fernando Beda
Montagem: Natália Tupi, Karen Izuno e Renato Chagas
Colorização: Natália Tupi, Karen Izuno e Renato Chagas
Imagens de arquivos: Anete Nascimento e Conrado Lessa
Agradecimentos especiais: Neide Lopes, Anete Nascimento, Giulio Nascimento e Conrado Lessa.
4. Aqui onde tudo acaba, de Cláudia Cárdenas & Juce Filho.
Curta-metragem experimental, poético que transita entre o documentário e a ficção. Trata-se, de modo particular, de uma partilha de saberes realizada na Aldeia Bugio, em todos os estágios de filmagens em 16mm, revelação botânica e captação sonora de modo coletivo. Busca reativar a memória das origens do povo Laklãnõ/Xokleng.
Ficha Técnica
Direção: Cláudia Cárdenas & Juce Filho
Roteiro: Cláudia Cárdenas & Juce Filho Fotografia: Rafael Schlichting, Ricardo Leite
Montagem: Rafael Schlichting
Som: Rodrigo Ramos
Elenco: Acir Caile Pripra & Nandia Patté
Produção: Duo Strangloscope
Conheça a curadora do Cine Garagem 2025
Cláudia Cárdenas atua como cineasta, professora, curadora, exibidora de filmes e agente da política cultural pró cinema em Florianópolis. Seu trabalho como realizadora cinematográfica inclui pesquisa, roteiro, arte e direção de inúmeros curtas e longas experimentais e documentários premiados em editais de produção e realização do município de Florianópolis e do Estado de Santa Catarina. Juntamente com Rafael Schlichting, Cláudia compõe o Duo Strangloscope, dupla que tem expressão artística audiovisual no campo do cinema experimental reconhecida e premiada em festivais no Brasil e no exterior, com mais de 30 obras realizadas nestes 23 anos de parceria. Além de realizadores, os dois criaram e dirigem o Festival Inflamável de curtas em Super 8 e 16mm, a Strangloscope – Mostra de áudio, vídeo, filme e performance de cinema experimental e o Festival Audiovisão.
O primeiro dia de exibição contará com participações especiais.
O evento acontece nos dias 15 e 16 de agosto, com início às 19h. A entrada para o Cine Garagem é gratuita e os lugares serão ocupados por ordem de chegada. Vale lembrar que, em caso de chuva, a programação será adiada para uma data posterior.