MADEIRAME, de Egidio Rocci

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MADEIRAME

EGIDIO ROCCI

CURADORIA DE FERNANDO BOPPRÉ

ESPAÇO FERNANDO BECK | 05 DE MAIO A 1º DE JULHO DE 2011

O artista plástico Egidio Rocci estabelece caminhos para questões ligadas ao equilibro e à memória ao usar como material de trabalho armários no estilo provençal, destituídos das portas e laterais, reduzidos à sua estrutura básica. A série Madeirame é composta de cinco obras. São quatro junções de armários e uma instalação. A exposição é realizadas basicamente com móveis da década de 50 e 60. Há uma identificação entre a madeira das obras e o piso do casarão, entre os frontões ds armários e as colunas espiraladas que dividem as salas do espaços Fernando Beck da FCBadesc.

Exposição Madeirame, de Egidio Rocci.
Exposição Madeirame, de Egidio Rocci.
Exposição Madeirame, de Egidio Rocci.
Exposição Madeirame, de Egidio Rocci.
Exposição Madeirame, de Egidio Rocci.
Exposição Madeirame, de Egidio Rocci.
Exposição Madeirame, de Egidio Rocci.
Exposição Madeirame, de Egidio Rocci.
Exposição Madeirame, de Egidio Rocci.
Exposição Madeirame, de Egidio Rocci.
Exposição Madeirame, de Egidio Rocci.
Exposição Madeirame, de Egidio Rocci.
Exposição Madeirame, de Egidio Rocci.
Exposição Madeirame, de Egidio Rocci.
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Exposição Madeirame, de Egidio Rocci.
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Exposição Madeirame, de Egidio Rocci.
Exposição Madeirame, de Egidio Rocci.
Exposição Madeirame, de Egidio Rocci.
Exposição Madeirame, de Egidio Rocci.
Exposição Madeirame, de Egidio Rocci.
Exposição Madeirame, de Egidio Rocci.
Exposição Madeirame, de Egidio Rocci.
Exposição Madeirame, de Egidio Rocci.
Exposição Madeirame, de Egidio Rocci.
Exposição Madeirame, de Egidio Rocci.
Exposição Madeirame, de Egidio Rocci.
Exposição Madeirame, de Egidio Rocci.
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APRESENTAÇÃO

Exposição Madeirame, de Egidio Rocci. Exposição Madeirame, de Egidio Rocci. “para chegar ao pouco
em que umas poucas coisas
revelem-se, compactas,
recortadas e todas, e chegar entre as poucas
à coisa coisa e ao miolo
dessa coisa, onde fica
seu esqueleto ou caroço”

(João Cabral de Melo Neto)

Em tempos de alvenaria, é o madeirame quem sustenta uma construção. Nos trabalhos de Egidio Rocci persiste o que há de estrutural em um objeto: subtrai-se excesso, eliminam-se funções. Eis que surge um objeto novo que pode ser composto junto a outro semelhante ou completamente distinto dele mesmo. A ação do artista, contudo, mantém um respeito profundo em relação ao objeto: ainda que o reduza ao mínimo, é possível continuar a nomeá-lo pelo nome de origem (mesmo que a funcionalidade tenha sido descartada). Aquilo que é tomado por princípio material – por exemplo, um armário – atravessa uma crise intensa: lance embaraçoso, tensão, conflito. O gesto é sempre preciso: a operação de se extrair poesia dos objetos já existentes no mundo se alastra pelas obras desta exposição. Nelas, há sempre um disparate: seus móveis e objetos improváveis produzem inquietação. Ao observarmos, por exemplo, um criado-mudo sobreposto à estrutura de um armário, parece haver qualquer coisa de assombro no silêncio da entrega deste móvel mutante diante de nossos olhos.

Fernando Boppré | Curador

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