A Fundação Cultural Badesc abriu em 23 de abril (quinta-feira), no Espaço 2, a exposição ;’. caos na margem ^´’,., das artistas Lela Martorano e Fê Luz. A exposição traz videoinstalações e obras sonoras criadas a partir de pesquisas realizadas no campo da fotografia, do vídeo e da poesia.
As artistas propõe um ritual de imersão, permanência e contemplação, que causa desordem no tempo corrido, fundindo o presente e o passado. O resultado é uma videoinstalação-poético-sonora que busca novas possibilidades de explorar o tempo e o espaço por meio da imagem e da linguagem.
Para as artistas, “toda margem é sempre impregnada de caos”. Por isso, o título da exposição sugere que a margem funde as imagens, a linguagem, os sons e as lembranças.
Embora as artistas trabalhem com a sobreposição e o efêmero, elas lidam com essas questões de modos distintos. Lela Martorano desenvolve um trabalho em que a fotografia e a projeção desempenham um papel fundamental. Fê Luz investiga a palavra falada e escrita desde a captura de sons do cotidiano até a experimentação musical. Dessa maneira, surge uma obra conjunta que transforma o espaço sensório e sugere ao público estados indefinidos entre o real, o vertiginoso e a ficção.
Lela Martorano é doutora em “Linguagens e Poéticas na Arte Contemporânea” pela Universidade de Granada, Espanha. Participou de exposições individuais e coletivas na Argentina, Chile, Brasil e Europa.
Fê Luz é Bacharel em Artes Plásticas pela Universidade do Estado de Santa Catarina ( UDESC) e autora de três livros e seu trabalho circulou entre diversas cidades do país e também na Suíça, Cuba e Espanha.
Serviço
O quê: abertura da exposição ;’. caos na margem ^ ́ ’,., de Fê Luz e Lela Martorano
Quando: 23 de abril, quinta-feira, às 19h
Visitação: até 22 de maio, de segunda a sexta-feira, das 12 às 19h
Onde: Espaço 2 da Fundação Cultural Badesc – Rua Visconde de Ouro Preto, 216, Centro, Florianópolis – Fone 3224-8846
Entrada gratuita
Mais sobre as artistas:
Lela Martorano utiliza a fotografia como linguagem para refletir sobre a passagem do tempo e questionar a capacidade da memória em guardar as lembranças e recordações de forma objetiva. As obras da artista são resultantes da exploração implacável da imagem e sua projeção e são construídas muitas vezes com a utilização de dispositivos analógicos. A apropriação de slides e filmes super-8 produzidos pelo seu pai na década de 70 constituiu a base para o desenvolvimento desse processo, que transita entre a fotografia e a videoinstalação. Lela Martorano busca deslocar estas imagens de seu contexto cotidiano para o campo da arte e estabelece uma relação intima com o espectador, remetido à suas próprias lembranças, sonhos ou reminiscências. Pelo procedimento de apropriação e das relações entre a imagem-luz (projeção) e a imagem-matéria (fotografia), a artista faz um cruzamento de tempos, memórias e histórias, que não remetem apenas à percepção, mas também às sensações e emoções operadas pela memoria.
Lela é doutora em “Linguagens e Poéticas na Arte Contemporânea” pela Universidade de Granada, Espanha. Participou de exposições individuais e coletivas na Argentina, Chile, Brasil e Europa, dentre as quais se destacam: “Mar de Dentro”, (Florianópolis e Colônia/Alemanha, 2012); “Olhos D’Agua”, (Granada/Espanha, 2012). “Transportas”, (Florianópolis-SC e Cádiz/Espanha, 2006); “Cidades Inventadas”, Florianópolis-SC; 2005. “Da memória e seus lapsos”, (Florianópolis-SC, 2000); “Fotografia(s) Contemporânea Brasileira: Imagens, Vestígios e Ruídos”, coletiva, (Florianópolis-SC. 2014).
http://www.blurb.es/b/1553302-d-e-s-l-u-m-b-r-a-m-i-e-n-t-o-s
http://www.interartive.org/lela_martorano___deslumbramientos.swf
http://www.centopeia.net/galeria/lela_martorano/index.php
Fê Luz traz apresenta nesta exposição, a investigação da palavra em seus trânsitos pela fala e escrita, desde a captura de sons do cotidiano, de um cometa distante ou de um poema seu gravado em outra língua, até a experimentação no campo da música eletrônica e da poesia experimental. A artista vem trabalhando com suportes variáveis no campo da poesia visual e sonora como ferramentas da intervenção urbana, da videoarte, do objeto, da instalação e de múltiplos. De um modo geral, seu trabalho é um experimento constante e diversificado, que pratica arte como forma de expressão híbrida. Propondo reflexões e questionamentos a respeito do sujeito e o tempo (atemporal), pensa os processos de comunicação entre ambos, nos habitats urbano e natural. Fê Luz é Bacharel em Artes Plásticas pela Universidade do Estado de Santa Catarina, UDESC. Autora de três livros: “Verbalizações do Amor em Transe”, “Pequenas Quinquilharias para Colecionadores Precoces” e “Dormir Pedra Acordar Passarinho”, tendo os dois primeiros premiados pelo Edital de Apoio a Criação e Produção / Fundação Catarinense de Cultura. Seu trabalho já circulou entre as cidades de Florianópolis, Itajaí, Blumenau, Porto Alegre, Londrina, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro no Brasil; Genebra na Suíça; Cuba em Havana, Granada, Barcelona, Sevilha e Cádiz na Espanha. artefeluz.wordpress.com