A IMAGEM (DES) CONSTRUÍDA
DALTON REYNAUD • EDUARDO AMATO • FRANCISCO ANIBAL SANTOS • JOZÉ ROBERTO DA SILVA • JULCIMARLEY TOTTI • LAHIR RAMOS • LAROCCA • MARIA LUCIA DE JULIO • MARIA TERESA CAMOS ABAGGE • VALDIR FRANCISCO
CURADORIA DE LAHIR RAMOS
TODOS OS ESPAÇOS | DE 26 DE FEVEREIRO A 01 DE ABRIL DE 2015
Tratar da litografia como um processo artístico foi a proposta que reuniu as obras de Dalton Reynaud, Eduardo Amato, Francisco Anibal Santos, Jozé Roberto da Silva, Julcimarley Totti, Lahir Ramos, Larocca, Maria Lúcia de Júlio, Maria Teresa Camos Abagge e Valdir Francisco, que apresentaram o trabalho que desenvolveram nos ateliês do Solar Barão – Museu da Gravura Cidade de Curitiba. A reunião da produção dos 10 artistas apresentou múltiplas possibilidades de (des)construção como processo artístico, além de deixar a interpretação em aberto para cada um.
APRESENTAÇÃO
Exposição A Imagem (des)construída, Coletiva.
Temos o resultado de dez pesquisas pessoais que utilizam a litografia. O espaço é o Solar do Barão em Curitiba e a mostra é a consequência de um desejo. Não se trata de um desejo simples, como talvez não o seja nenhum desejo, uma nebulosa antes de tudo. E tudo foi possível com o empenho de cada um e um projeto de lei aprovado. Temos aqui o trabalho solitário e uma técnica antiga, e muitos poderia se perguntar o porquê da litografia, se nossa realidade (pós) moderna permite métodos extremamente rápidos de impressão e ainda métodos muito sofisticados (e igualmente rápidos) de difusão, como talvez isso nunca tenha surgido nos sonhos do Benjamin visionário do início do século XX. O desejo aqui conversa conosco: não é a vontade saudosista de mostrar que determinada técnica ainda existe, tampouco – neste caminho em que o desejo procura a matéria para sua realização – existiu primordialmente a vontade de mostrar ao público que a litografia necessita de salvadores, que cuidem de sua tradição, fincada no território das artes há mais de duzentos anos. O desejo nos mostra que é hora de seguirmos o caminho, buscando novas possibilidades e olhando para horizontes mais distantes ou… distintos.
Se o resultado é tímido ou grandioso, cabe ao apreciador de arte decidir.
Benedito Costa Neto