A Fundação Cultural Badesc, em parceria com o Museu de Arte Contemporânea/Instituto Schwanke, promove as rodas de conversa Proximidades com Schwanke, programadas para 15 de fevereiro e 15 de março. A agenda está em sintonia com o interesse das duas instituições em oferecer possibilidades para ampliar o conhecimento em arte contemporânea e, no caso específico, de aprofundar o conhecimento em torno da vida e da obra do artista joinvilense cuja produção integra a mostra Schwanke: Habitar os Incorporais.
Os dois encontros pretendem estabelecer duas análises distintas, a primeira, em tom mais afetivo, tentará construir uma memória mais biográfica do artista, com relatos pautados na proximidade. A ideia é dar voz aos amigos de Schwanke que tinha forte articulação com os colegas artistas da Capital. A segunda roda de conversa buscará discussões em torno da produção. A distinção entre os dois encontros determina o perfil do conjunto de convidados.
No próximo dia 15, às 17h, pessoas mais próximas a Luiz Henrique Schwanke (1951-1992) conduzem a conversa sobre a trajetória e os processos criativos do artista, sob a mediação da jornalista Néri Pedroso. A irmã do artista, Maria Regina Schwanke Schroeder, o fotógrafo Paulo de Araújo, a gestora e galerista Marina Mosimann, a artista Linda Poll e a pesquisadora Letícia Mognol são alguns dos convidados
No dia 15 de março, às 17h, sob a coordenação do artista Franzoi, a proposta é que pesquisadores, artistas e críticos compartilhem suas impressões sobre as obras da exposição “Schwanke: Habitar os Incorporais”, que tem curadoria de Rosângela Cherem, que abrirá a conversa. Para esta roda, os convites foram encaminhados à Alena Marmo, Edélcio Mostaço, Sandra Makowiecky e Antônio Vargas.
As rodas de conversa ocorrerão na galeria. “Será uma grande oportunidade para o público conferir também os 89 trabalhos expostos no casarão histórico no Centro da capital”, sugere a arte educadora da Fundação, Carolina Ramos, que participou do processo curatorial da exposição que encerra a visitação no dia 16 de março. Schwanke, Habitar os Incorporais reúne 89 trabalhos em todas as salas expositivas. A curadoria da professora e doutora Rosângela Miranda Cherem inclui obras nunca expostas em Florianópolis. Entre elas estão as “Sem Título”, criadas entre 1988 e 1991, apelidadas como mandala, perfis, maletas, pregadores de roupas, cuja matéria-prima é o plástico. A seleção inclui a chamada fase das revisitações, em que o artista descontrói a referência original de telas de Georges La Tour, Canova e Leonardo da Vinci, adotando signos do design contemporâneo, além de desenhos e pinturas de diferentes fases, como os sonetos, os Cristos e os shorts. Inéditos na Capital, “Cobra Coral”, instalada no jardim, e a instalação “Claro-escuro” (1990) composta de plotagem, ferro, 24 spots de luz e 24 espetos.
Sobre Schwanke
Entre as décadas de 1970 e 1980, Luiz Henrique Schwanke (1951-1992) construiu uma produção vasta e vigorosa com 5 mil peças entre desenhos, pinturas, instalações, esculturas e projetos, recebeu cerca de 30 prêmios nacionais e participou de inúmeras exposições individuais, coletivas e salões. Suas obras integram acervos de museus de diferentes cidades, como Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis, entre outras.
Sobre Rosângela Miranda Cherem
Doutora em história pela USP (1998) e doutora em literatura pela UFSC (2006); professora associada de história e teoria da arte no curso artes visuais e Programa de Pós-graduação em Artes Visuais no Ceart (Centro de Artes) da Udesc (universidade do Estado de Santa Catarina); coordenadora do Grupo de Estudos de Percepções e Sensibilidades e do Grupo Imagem-acontecimento. Orienta e tem pesquisas e publicações sobre História das Sensibilidades e Percepções Modernas e Contemporâneas; atualmente desenvolve pesquisa intitulada Maneira de Arquivar, Modos de Experimentar, Paradoxos e Singularidades do Gesto Artístico na Contemporaneidade.
MAC Schwanke
Criado em 2002, o Museu de Arte Contemporânea (MAC Schwanke), mantido pelo Instituto Schwanke, filiado ao MinC (Ministério da Cultura) e ao IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus), tem o compromisso de zelar pela memória de Schwanke e oferecer possibilidades de aprimoramento intelectual em torno da arte contemporânea. Com esse fim, organiza seminários e encontros de discussão, cursos e palestras com pesquisadores, críticos e artistas.
Fundação Cultural Badesc
Criada em 2005 e inaugurada em 2006, está instalada em uma das importantes edificações históricas de Florianópolis tombada pelo patrimônio municipal. Além de preservar parte da memória arquitetônica da cidade, o imóvel foi moradia de um dos políticos mais influentes do Estado, Nereu de Oliveira Ramos, que foi presidente da República por um breve período. O casarão se tornou um ponto de encontro de intelectuais, profissionais ligados às diferentes vertentes da arte e da cultura de Santa Catarina, professores, artistas e público interessado na intensa agenda. Espaço transdisciplinar, valoriza o artista e todas as formas de arte e cultura.
Serviço
Rodas de Conversa
O quê: Rodas de Conversa: Proximidades com Schwanke
Quando: 15.2 e 15.3.2017, quarta, 17h
Onde: Fundação Cultural Badesc, rua Visconde de Ouro Preto, 216, Centro, Florianópolis, tel.: (48) 3224-8846
Quanto: Gratuito
Exposição
O quê: Mostra Schwanke, Habitar os Incorporais
Quando: 1º.12.2016, 19h. Visitação: até 16.3.2017, segunda a sexta, 12h às 19h
Onde: Fundação Cultural Badesc, rua Visconde de Ouro Preto, 216, Centro, Florianópolis, tel.: (48) 3224-8846
Quanto: Gratuito
Realização: MAC/Instituto Schwanke e Fundação Cultural Badesc
Ficha técnica mostra Schwanke, Habitar os Incorporais:
Coordenação: Eneleo Alcides (Fundação Cultural Badesc) e Maria Regina Schwanke Schroeder (MAC/Instituto Schwanke)
Curadoria: Rosângela Miranda Cherem
Pesquisadoras assistentes: Carolina Ramos (1ª assis.) e Anete George (2ª assis.)
Arte educação: Carolina Ramos Nunes
Articulação: Néri Pedroso
Logística: Franzoi, Gabriela Maria Carneiro de Loyola e Mônica Juergens
Design: Bianca Justiniano dos Santos
Montagem: Flávio Brunetto